O silêncio de Deus não é ausência

“Até quando, Senhor, te esquecerás de mim? Será para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?” Salmos 13:1 NAA

https://bible.com/bible/1840/psa.13.1.NAA


INTRODUÇÃO

No Silêncio de Deus


Há momentos em nossa caminhada com Deus em que o silêncio é nosso maior companheiro e o céu até parece de bronze. Oramos, choramos, esperamos… e nada acontece. Não há resposta, não há direção, não há consolo visível. Tudo ao nosso redor parece congelado no tempo — exceto a dor. Essa sensação, muitas vezes sufocante, tem um nome espiritual e também emocional: o silêncio de Deus.

E talvez esse seja um dos maiores testes da fé. Porque quando Deus fala, seguimos. Quando Ele age, confiamos. Mas e quando Ele se cala?

Quando até os céus parecem surdos

O rei Davi, autor do Salmo 13, experimentou esse mesmo silêncio. Ele não teve medo de perguntar a Deus: “Até quando?” — quatro vezes em um só versículo. Isso nos mostra que até os homens segundo o coração de Deus enfrentaram fases de angústia e incerteza. E que perguntar com sinceridade não é sinal de falta de fé, mas de um relacionamento real com o Pai.

Na teoterapia, chamamos isso de dissonância espiritual: o conflito entre o que cremos e o que sentimos. Sabemos que Deus é bom, justo, presente — mas não conseguimos percebê-Lo. É quando a alma grita: “Onde está o meu Deus?” (Salmos 42:3).

Mas a pergunta não é se Ele está… e sim o que Ele está fazendo no silêncio.

Silêncio não é ausência. É preparação.

Deus não é um Pai ausente. Ele não vira o rosto, não nos abandona, não se distrai. Mas Ele sabe que há processos que só podem acontecer na escuridão. A semente não germina à luz. O vaso não é moldado em meio a ruído. O ouro não é purificado sem o calor do forno. O silêncio de Deus, muitas vezes, é a incubadora do novo que Ele está formando dentro de nós.

Foi no silêncio que:

  • Abraão esperou por anos a promessa de um filho.
  • José foi vendido pelos irmãos e esquecido na prisão.
  • Moisés passou 40 anos no deserto, em anonimato.
  • Jesus ficou 30 anos em silêncio antes de começar seu ministério — e viveu o silêncio mais doloroso de todos na cruz, quando clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46)

Cada um desses silêncios tinha um propósito eterno.

A fé que se firma no silêncio é inabalável

Se você está passando por uma fase de silêncio de Deus, saiba: isso não é castigo. É treinamento. Não é abandono. É refinamento. Deus está preparando o seu interior para algo que seus olhos ainda não conseguem ver. E quando Ele voltar a falar, você será outra pessoa — mais sensível, mais madura, mais fortalecida.

Por isso não tenha medo do silêncio. Ele não significa abandono, mas amadurecimento. É no silêncio que a raiz cresce, que a semente rompe, que o vaso é moldado. Deus não grita quando está trabalhando por dentro. Enquanto você ora e não ouve a resposta, Ele está formando algo eterno em você. Aguente firme. Quando o tempo certo chegar, a voz que cala será a mesma que te levantará com o poder.

Enquanto isso, abrace o silêncio como quem caminha de mãos dadas com um Pai invisível, mas sempre presente. Continue orando, mesmo sem resposta. Continue crendo, mesmo sem sinais. Continue louvando, mesmo sem consolo. Porque a fé que continua apesar da ausência é a fé que realmente transforma.

Deus não está em silêncio por estar distante. Ele está em silêncio porque está trabalhando. Em você. Por você. Para você.

Confie. Espere. Persevere.

Ele nunca deixa de agir, mesmo quando parece não estar ouvindo.

Deus abençoe teu dia!

Bjs

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