“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:”
Eclesiastes 3:1 NAA
https://bible.com/bible/1840/ecc.3.1.NAA
Introdução
Quantas vezes sentimos que temos uma palavra certa mas nem sempre a porta se abre. Algo que veio do alto, embalado em oração, selado com lágrimas no travesseiro e alinhado com o nosso chamado. Algo que poderia ajudar tanto aquela pessoa que se perde em angústia e sofrimento. Aquele que se perde num caminho que não deveria ter escolhido.
Nem toda porta se abre…
Chegamos a um coração como quem chega a uma casa aberta. Com zelo, com temor, com a esperança de que aquela vida será transformada…E por um tempo, até parece que sim. Que a voz da razão e da verdade será ouvida.
Mas, de repente, a porta se fecha. A comunicação cessa. Os convites param. A escuta se cala. E tudo o que antes era jardim, vira muro.
Dói. Porque achamos que aquilo era o cumprimento de algo que Deus prometeu. Dói mais ainda quando temos certeza de que era uma palavra de vida — e mesmo assim não foi acolhida. Somente um não tao sonoro…É aí que o Espírito Santo sussurra:
“Nem toda porta se abre — mas nem toda porta fechada é rejeição.”
Às vezes, o solo onde lançamos a semente não era terra boa. Era terra que queria bênção, mas não queria raízes. Gente que queria a mão de Deus, mas não o coração dEle. Queriam milagre, mas não o discipulado. Queriam alívio, mas não transformação.
E isso… não é culpa sua.
Nem sempre a semente não germina por falta de fé de quem lançou. Às vezes é o solo que rejeita por medo de crescer. Medo do desconhecido. Medo de falhar.
Mas há outro lado também. Às vezes, a porta se fecha não por dureza, mas por dor. A pessoa não está rejeitando você. Nem a Deus. Nem uma nova chance…Ela está sangrando por dentro. E algumas vezes a dor cega. E quando o corte é profundo, nem curativo a pessoa quer. Ela só quer ficar quieta, sem ninguém tocar. Porque até o toque mais suave arde na ferida ainda aberta. E aí, o Senhor diz:
“Deixa somente. Agora é tempo de chorar.
Porque tudo tem seu tempo.”
Nessas horas, precisamos aprender a discernir o tempo de falar e o tempo de calar. Não é hora de insistir. Não é hora de empurrar. É hora de respeitar o luto, a dor, o processo que é só entre aquela alma e o Pai. E saber que o nosso papel foi feito.
Batemos. Não forçamos. Amamos. E deixamos a paz ao sair. Porque a obra é de Deus. E o tempo… também.
Pense e reflita:
- Você tem se sentido rejeitado por portas que se fecharam?
- Já pensou que pode não ser sobre você, nem sobre sua palavra — mas sobre o tempo da outra pessoa?
- Já orou não pedindo para voltar, mas apenas pedindo paz à casa que não te recebeu?
Oração:
Senhor,
Me ensina a ter discernimento de quando é hora de entrar…E quando é hora de apenas bater, deixar Tua paz, e seguir. Da-me maturidade para não confundir silêncio com rejeição. E confiança para crer que nem toda porta fechada é perda — Às vezes, é só uma semente esperando a primavera.
E permita-me nunca desistir de ninguém, mesmo que eu seja apenas instrumento de oração pela vida dessa pessoa.
Em nome de Jesus,
Amém.
Conclusão
A maior dificuldade de quem ama é deixar ir, é deixar cair, é ver sofrer. Mas uma pessoa adulta deve ter a liberdade de seguir o caminho que escolheu, mesmo quando não concordamos. Jesus disse para amar ao próximo como a nós mesmos…e todos nós queremos ser respeitados nas nossas escolhas.
O filho pródigo escolheu seu caminho e o pai não lhe negou a vontade, embora soubesse que era um caminho de perdição. Mas nunca desistiu do filho. E quando ele retornou foi recebido como o príncipe que ele era. Isso é o amor.
O amor deixa ir…mesmo quando dói. O amor respeita quando o outro não quer falar. O amor dá espaço. O amor não fica ofendido pelo direito do outro…o mesmo direito que queremos que seja respeitado em nós…
Você está pronto para amar?
Deus abençoe sua vida com este post!
Bjs
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